Os treinos livres da Fórmula 1 são fundamentais para o ajuste dos carros, testes de pneus e ambientação dos pilotos.
No entanto, diferentemente das classificações, o cronômetro não é paralisado quando há bandeira vermelha.
Foi o que aconteceu na madrugada desta sexta (4), no segundo treino livre do GP do Japão de 2025, que teve quatro interrupções e mais de 50 minutos sem atividade na pista.
Apesar do prejuízo às equipes — como no caso de Jack Doohan, da Alpine, que bateu logo no início e perdeu a sessão após já ter cedido o carro no TL1 —, não há compensação de tempo. Isso porque o regulamento esportivo da F1 determina que apenas treinos classificatórios podem ser estendidos após bandeira vermelha.
A justificativa está ligada à logística. Como os treinos livres ocorrem ao longo do dia, estendê-los poderia comprometer o cronograma das categorias de apoio, como F2, F3, F1 Academy e Porsche Cup, que também utilizam a pista no fim de semana.
Além disso, manter o tempo correndo visa garantir igualdade de condições entre os pilotos. Se a sessão fosse pausada, quem saísse dos boxes mais tarde poderia ser favorecido por melhores condições de pista.
A discussão sobre o tema não é nova. Em 2021, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, já havia sugerido uma mudança, alegando que a redução para 60 minutos de treino exigia mais tempo de pista para o público e as equipes.
Mesmo assim, há exceções: em casos extraordinários, como o GP do Canadá de 2023 ou o GP de Las Vegas do mesmo ano, a FIA ampliou a duração dos treinos para compensar cancelamentos anteriores. Esses ajustes, no entanto, seguem sendo raros.
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