O Brasil começou o UFC 313 com grandes expectativas, mas saiu do evento com sentimentos mistos. Alex "Poatan" Pereira, um dos maiores astros do MMA na atualidade, perdeu o cinturão dos meio-pesados para o russo Magomed Ankalaev em uma luta dura e estratégica.
Desde o anúncio do combate, os fãs já sabiam que esse seria o maior desafio da carreira de Poatan no MMA. No primeiro round, o brasileiro apostou nos chutes baixos como principal arma, tentando minar a movimentação do adversário. Mas, a partir do segundo round, a luta começou a tomar outro rumo.
Ankalaev pressionou, encurtou a distância e levou Poatan para a grade. No fim do segundo assalto, acertou um golpe que balançou o brasileiro e deixou clara a mudança de cenário.
O russo manteve o controle nos rounds seguintes, frustrando as tentativas de reação do brasileiro e convencendo os juízes a lhe concederem a vitória por decisão unânime.
Com o triunfo, Ankalaev se tornou o quarto lutador russo a conquistar um cinturão no UFC, seguindo os passos de Khabib Nurmagomedov, Petr Yan e Islam Makhachev.
Poatan, por sua vez, não concordou com o resultado e se manifestou após a luta. Apesar da derrota, ele pode ter uma chance rápida de recuperar o título. Dana White, presidente do UFC, admitiu que uma revanche imediata está em discussão.
Noite positiva para o Brasil
Se Poatan saiu frustrado do octógono, o Brasil teve motivos para comemorar no evento. Bruno Hulk, Carlos Leal, Mairon Santos e Amanda Lemos venceram suas lutas, garantindo uma ótima performance brasileira no card.
Mas o grande destaque da noite foi Maurício Ruffy. O lutador nocauteou o americano King Green com um espetacular chute rodado no primeiro round, garantindo um dos nocautes mais impressionantes do ano.
O golpe rendeu a ele um bônus de 50 mil dólares e, mais importante, a chance de enfrentar um atleta ranqueado em sua próxima luta.
Apesar do revés no topo da divisão, o Brasil segue forte no UFC. Resta agora saber qual será o próximo passo para Poatan e os demais representantes do país no octógono.